LINGÜÍSTICA NOSSA QUE SE PRETENDE SER DE CADA DIA
Jornal Imagem (Nova Andradina-MS), 07/03/2009, p. 02
Pelos erros nossos de cada dia: Pai, Perdoa-nos, pois não sabemos como dizer.
Semana passada refletia neste espaço a respeito do preconceito que não é
lingüístico, mas que acima de tudo, é social. Volto a tocar no assunto mais uma vez, como
forma de dar continuidade a um debate que rendeu comentários e motivou aulas na
universidade por decorrência da publicação da parte II desse texto.
Filólogos, gramáticos e lingüistas é que deveriam se preocupar com a língua e não
alunos do Ensino Fundamental e Médio; exigimos deles coisas quem nem nós, com nossa
vivência enquanto professores, dominamos. A estes se devem dar oportunidades de
crescerem lingüisticamente, através de prática constante, de contato com as várias
possibilidades de manifestação da linguagem, das possibilidades dentro da língua. Se assim
não o for, o nosso ensino continuará não atendendo as mínimas exigências na formação
A norma culta da língua dá a impressão de ser mais rica, mais complexa, mais
versátil que todas as demais variedades da língua falada pelas pessoas do país por causa de
um investimento feito nela por gramáticos, dicionaristas, a própria Academia Brasileira de
Letras, etc. O que há por trás dessa tal norma culta, na verdade, é uma grande estratégia de
mercado que movimenta desde a venda de dicionários, gramáticas, mini-gramáticas e mini-
dicionários (como se a língua tivesse reduzido) até ao grande cartel dos livros didáticos e
programas televisivos do tipo “aprenda a falar” onde se esconde as injustiças sociais atrás
de um Pasquale Cipro Neto versão gramática moderna, mas que na verdade é puro
Valorizar a forma do aluno falar é aceitar que ele participe, que ele se expresse e se
comunique como qualquer outra pessoa, a questão não é de erro, mas de adequação às
circunstâncias de uso, de utilização adequada da linguagem. Ao professor cabe a missão de
tirar da cabeça dos alunos qualquer tipo de preconceito relacionado às variedades
lingüísticas. A boa comunicação nada tem a ver com a memorização de regras de
linguagem nem com a disciplina escolar que trata dessas regras, e que geralmente em
nossas escolas toma o lugar do que deveriam ser aulas de ‘lingua portuguesa’.
O desafio está lançado: o ensino de língua portuguesa, tal como está sendo
conduzido, já não condiz com a realidade lingüística, já não contribui para a formação
social e, principalmente, funciona como um sistema de apagamento identitário ao
estigmatizar o traço mais cultural do brasileiro: sua fala, sua língua. É questão de identidade
nacional, questão de auto-estima. É uma questão, acima de tudo, política.
Parece que o título do texto se faz oportuno: Pelos erros nossos de cada dia: Pai, Perdoa-nos, pois não sabemos como dizer. O produto de nossas falas é fruto de nossa
condição social, cultural, econômica e política. Da nossa condição de cidadãos que ainda
não percebeu que a linguagem é uma cerca de arame farpado que dificulta o acesso ao
Núcleo de Estudos em Análise do Discurso
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