Cinomose canina: revisão de iteratura [Distemper canine: literature review] “Revisão/Review”
MBMC Dias1(*), ER Lima2, FLP Fukahori1, VCL Silva1, MSA Rêgo3
1Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária/UFRPR, Recife.Brasil. 2Departamento de Medicina Veterinária/UFRPR, Recife.Brasil. 3Médica Veterinária Autônoma, Recife.Brasil. ________________________________________________________________________________________________________________ Resumo
A cinomose é uma doença viral, multissistêmica, de distribuição mundial, com altos índices de mortalidade, que afeta carnívoros domésticos e selvagens. A principal via de infecção é o trato respiratório superior, no qual o vírus se instala e se multiplica, disseminando-se para o sistema linfático seguindo para o restante do organismo. Os sinais clínicos se desenvolvem pouco tempo após a infecção e acomete o trato respiratório, gastrointestinal e o sistema neurológico. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura sobre a cinomose canina, relatando sua etiologia, prevalência, sintomatologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Palavras-chave: Canis familiari; Doença viral; Vírus. Abstract Distemper is a viral disease, multisystem, worldwide distribution, with high rates mortality, which affects carnivores domestic and wild. The primary route of infections is the tract upper respiratory, where the virus installs itself and multiplies spread to the system lymphatic following the rest of the organism. Clinical signs develop shortly after infection and affects the respiratory tract, gastrointestinal and the neurological system. The objective of this study is to review of literature in canine distemper, reporting its etiology, prevalence, symptoms, diagnosis and treatment. Keywords: Canis familiarity. Viral disease. Virus. ___________________________________________________________________________
Introdução
apresenta distribuição mundial. Acomete
diversas espécies de carnívoros domésticos e
selvagens como raposas, furões, leões,
com três a seis meses de idade, depois que a
leopardos, guepardos e tigres (NORRIS et al.
2006), no entanto, são os cães domésticos
primeiro relato ocorreu em 1761. A partir de
(Canis familiaris) os principais animais
1920 novos avanços ocorreram no diagnóstico
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(*) Autor para correspondência/Corresponding author: Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Medicina Veterinária – Av. Dom Manoel de Medeiros, S/N – Dois Irmãos – CEP: 52171-900 – Recife- Pernambuco - Email: mirella_colaco@yahoo.com.br Recebido em 09 de novembro de 2012. Aceito em 13de dezembro de 2012.
Dias et al., Cinomose Canina: Revisão de Literatura. .,33 Etiologia
cães, durante os meses de inverno, o que é
gênero Morbilivírus, de fita simples de 150-
sobrevivência do vírus no meio ambiente
250 nm, de simetria helicoidal e envelopada
(GREENE & APPLE, 1990). A incidência é
mais alta entre os 60 e 90 dias de vida, período
em que diminui a taxa de anticorpos maternos,
no entanto cães até os dois anos de idade são
morfologicamente, com o vírus do sarampo
humano e da peste bovina. Esta reação cruzada
vacinação, falhas imunológicas ou ausência de
ocorre devido à ribonucleoproteína e aos
contato com o vírus. Cães a partir dos 7-9 anos
Santa Maria (RS) entre os anos de 1985 a
suscetíveis a temperaturas superiores a 50°C e
1997, 62,8% dos cães diagnosticados com
cinomose tinham entre zero a um ano e cinco
meses, 14,8% entre um ano e seis meses a três
destruídos por desinfetantes de uso rotineiro
anos, 16% entre três anos e um mês a seis
em hospitais, como éter, clorofórmio, formol,
anos, e 6,4% acima de seis anos (Headley &
fenol e amônio quaternário (ETTINGER e
Graça, 2000). Ainda na mesma cidade, outra
pesquisa retrospectiva entre os anos de 1965 a
O vírus persiste viável por mais tempo
em ambiente seco e frio: resiste por várias
considerados idosos (Silva et al., 2007).
semanas em temperaturas entre 0 e 4°C, e é
estável por muitos meses, anos ou até mais que
vírus em suas fezes, saliva, urina e exsudatos
sete anos se estiver liofilizado ou congelado a
nasal e conjuntival (SHELL, 1990), no entanto,
temperaturas ultra frias (-76°C) (SWANGO,
a transmissão ocorre principalmente por
aerossol e gotículas infectantes provenientes
rapidamente entre animais jovens susceptíveis
cinomose (Canine Distemper Vírus – CDV),
todas elas são antigenicamente semelhantes e
contato direto, a infecção também pode se dar
através de alimentos ou objetos contaminados
2005), mas, sua virulência e preferência
inicia-se, aproximadamente, sete dias após a
tecidual são variáveis (KORNEGAY, 1992).
podendo se estender por até 60 a 90 dias
Prevalência
mundial e já foi descrita nos animais das
A maior ocorrência está relacionada à
famílias: Canidae – cão doméstico, raposa,
fase da perda da imunidade passiva em filhotes
dingo, coiote, lobo e chacal; Mustelidae –
seguindo ao desmame, entre 12 a 16 semanas
furão, vison, doninha, marta, cangambá,
de vida levando a uma alta mortalidade em
texugo e lontra; Procyonidae – guaxinim,
panda, jupará e quati; possivelmente Felidae
exóticos, mas não nos gatos domésticos
letalidade/casos chega frequentemente de 50-
Medicina Veterinária, Recife, v.6, n.4, p.32-40, 2012 Dias et al., Cinomose Canina: Revisão de Literatura. .,34 90% dependendo da cepa do vírus. Apenas o
vírus da raiva tem porcentagem de letalidade
do vírus para o SNC ocorre entre 8o e 9o dia
em cães mais elevada do que o da cinomose
após a infecção. Há variações na severidade e
localização das lesões no Sistema Nervoso
Central. A infecção pode ser fatal em poucos
dias, evoluir durante semanas e torna-se letal,
clinicamente a enfermidade, estimando-se em
ou estabiliza-se sem comprometimento maior.
até 75% os casos de cães suscetíveis e que se
tornam infectados, eliminando o vírus sem
sinais clínicos da doença (GREENE &
APPLE, 1990). Assim, esses cães tornam-se
determinam destruição neuronal, resultando
uma importante fonte de infecção (POVEY,
em encefalomalácia e os que induzem doença
crônica ocasionam lesões que tendem a se
localizar na substância branca, promovendo a
Fisiopatologia
As partículas virais inaladas alcançam
1999). Estudos sobre a patogenia da infecção
o epitélio do trato respiratório superior e em 24
pelo CDV no SNC consideram dois estágios de
horas multiplicam-se nos macrófagos teciduais
desenvolvimento da desmielinização, um
levando a uma infecção inicial das tonsilas
agudo e outro crônico, a desmielinização
palatinas e dos linfonodos bronquiais. Entre o
inicial ocorre em torno da 3ª semana pós-
segundo e quarto dia pós–infecção, através de
infecção e não tem a participação de resposta
macrófagos e linfócitos infectados, o vírus
imune inflamatória, presente no estágio
dissemina para outros órgãos linfóides, tais
como baço, timo, linfonodos retrofaríngeos e
medula óssea. Entre o quarto e sexto dia o
vírus replica-se na lâmina própria do
Sintomatologia
mesentéricos e células de Kuppfer`s, no
surgimento dos sintomas clínicos da cinomose
fígado. A disseminação e proliferação do vírus
aguda é, geralmente, de 14 a 18 dias. O
nos órgãos linfóides correspondem ao início da
primeiro sinal de infecção é uma tosse seca
elevação da temperatura corporal e leucopenia
que rapidamente torna-se produtiva (GREENE
& APPLE, 1990). Podem ser auscultadas
crepitações em todo o pulmão e a pneumonia
vírus se difunde do tecido linfóide ao epitelial
(HAWKINS, 1997). A bactéria Bordetella bronchiseptica é freqüentemente encontrada
anticorpos contra o vírus, alterando o curso da
em cães com cinomose (NELSON & COUTO,
infecção (SHELL, 1990). Os animais que não
protetores neste período terão suas células
vírus, ocorre febre transitória, não muito
epiteliais infectadas, onde continuará a
elevada, entre o quarto e sétimo dias, sem
replicação viral. Estes animais apresentarão
sintomas evidentes da moléstia. A temperatura
sinais clínicos da doença entre o 14o e o 18o dia
retorna ao normal após 7 a 14 dias, havendo
corporal, acompanhada de conjuntivite serosa,
muco-purulenta e rinite (NELSON & COUTO,
um pequeno número de cães, sendo difícil,
nestes casos, a diferenciação da enterite
sanguinolenta (GREENE & APPLE, 1990). A
enterite severa, como sinal clínico, ocorre em
comumente observadas em cães com cinomose
Medicina Veterinária, Recife, v.6, n.4, p.32-40, 2012 Dias et al., Cinomose Canina: Revisão de Literatura. .,35
repetitivos espontâneos, já foi considerada
patognomônica de infecção pelo Vírus da
Cinomose Canina (CDV), no entanto já é
cegueira repentina, por lesão no nervo óptico, e
relatada em outras desordens inflamatórias do
degeneração retiniana além de erupção
cutânea, progredindo para pústulas, pode
mecanismo das mioclonias na cinomose ainda
ocorrer especialmente no abdômen, mas os
experimentais sugerem que lesões focais na
substância cinzenta da medula espinhal podem
desencadear as mioclonias do pescoço, tronco
SHERDING, 2008). A manifestação clássica
e membros causadas por lesão no neurônio
da cinomose na pele é a chamada doença do
motor inferior; outra possibilidade é que lesões
nos núcleos basais podem iniciar a mioclonia e
hiperqueratose de gravidade variável. A
espinhal ou no tronco encefálico (para as
mioclonias localizadas na cabeça), mantendo o
sobrevivem aos sinais sistêmicos apresenta
durante a fase aguda da doença, geralmente
mais tarde sinais neurológicos da cinomose
relacionada com lesão nos núcleos basais, mas
neurológica varia de poucos dias a mais de um
hiperexcitabilidade dos neurônios motores
neurológicos variam de acordo com a área do
Maior freqüência de mioclonia em casos
crônicos também foi observada por outros
possível que as mioclonias dos músculos
imunossupressoras do vírus, definem o tipo de
temporais estejam relacionadas com lesões no
lesão e o curso da infecção no Sistema
nervo trigêmeo. Em um estudo foi relatado que
Nervoso Central (SNC), classificando-se em
as mioclonias cessam com a estimulação
encefalite aguda, encefalite não supurativa e
elétrica do córtex motor frontal contralateral,
encefalite crônica (TAYLOR, 2003). O inicio
da sintomatologia nervosa ocorre entre uma a
três semanas após recuperação da doença
convulsões de “goma de mascar” ou de “tique
de mastigação”, em que o cão movimenta
inflamação das meninges; convulsão, sinais
espasmos de grupos musculares e salivação
cerebelares e vestibulares, paraparesia e
abundante (MCGRATH, 1960). Muitas vezes,
tetraparesia estão associadas com ataxia
convulsões parciais graves progridem para
sensitiva e mioclonias; convulsões do tipo “mascar
convulsões tônico-clônicas generalizadas, e
são associadas com lesão no lobo temporal e
poliencefalomalácea dos lobos temporais
o único sinal clínico observado (MACINTYRE
Medicina Veterinária, Recife, v.6, n.4, p.32-40, 2012 Dias et al., Cinomose Canina: Revisão de Literatura. .,36
Se a fêmea estiver grávida pode haver
infecção transplacentária e neonatal. Na
pélvicos, ameaça de deficiência uni ou
bilateral, inclinação da cabeça, nistagmo,
desenvolvem sinais neurológicos durante as 4-
paralisia facial e tremores da cabeça sem
6 primeiras semanas de vida e dependendo do
estágio da gestação em que se der a infecção,
ocasionalmente, cair e a perturbação pode
podem ocorrer abortos, natimortos ou neonatos
progredir para uma eventual paralisia, mas
vivos fracos. Na infecção neonatal pode haver
hipoplasia do esmalte dentário, devido a ação
direta do vírus sobre as células da membrana
ameloblástica, lesões cardíacas - representadas
distúrbio progressivo de rara ocorrência,
por degenerações das células do miocárdio
detectado geralmente em cães com mais de
com necroses e calcificações multifocais,
seis anos de idade. O sintoma clínico inicial é a
lesões do nervo óptico, que pode resultar em
deficiência visual. À medida que progridem, os
pupilas dilatadas e não responsivas a estímulos
luminosos, na retina aparecem lesões crônicas,
deprimidos, evoluem para uma movimentação
circunscritas, hipereflexivas e atróficas na
compulsiva em círculos ou para a compressão
personalidade, um estado de mudez e não
reconhecem seus donos, nem respondem aos
podem surgir com uma série de manifestações,
borracha, ataxia, incoordenação, locomoção
Diagnóstico
em círculos, hiperestesia, rigidez muscular,
vocalização similar a do estado de dor,
baseia-se nos sinais clínicos típicos em um cão
respostas de temor e cegueira (NELSON &
jovem (2-6 meses) que tenha uma história de
COUTO, 2010). Na encefalite não supurativa,
vacinações inadequadas e possibilidades de
alguns sintomas neurológicos podem ocorrer
semanas ou meses após a recuperação de
SHERDING, 2003). A linfopenia (começando
2003) é um achado consistente para auxiliar no
diagnóstico clínico nos casos de cinomose
neurológicos de surgimento tardio, em geral,
2005), já que o CDV tem tropismo por células
linfóides (GREENE e APPEL, 1998). Também
cinomose, o que sugere que o vírus pode ter
pode observar trombocitopenia no início do
escapado à eliminação pela resposta imune em
hematoencefálica (SWANGO, 1997; SILVA &
hemograma temos a neutropenia, caracterizada
encefalite crônica em cães maduros, que são a
encefalite cinomósica ou multifocal e a
encefalite do cão idoso (SWANGO, 1997).
fisiopatogênicos, tais como a diminuição de
A encefalite multifocal é uma moléstia
produção pela medula óssea, a destruição e o
lentamente progressiva, que pode ter curso
aumento da demanda tecidual. A anemia é uma
alteração relacionada ao CDV, assim como a
desenvolve em cães com 4 a 8 anos de idade
imunossupressão e a encefalite. No entanto
parece não haver fundamentação biológica
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anemia, uma vez que o vírus não tem tropismo
utilizados em virtude do custo alto (GUEDES
por eritrócitos ou por seus precursores
et al, 2004). Os testes tipo ELISA, detectam
nucleados intramedulares (GREENE e APPEL,
anticorpos anti-cinomose, sendo úteis para os
animais não vacinados ou que já tenham tido
declínio dos títulos maternos (BRANDÃO,
na maioria das vezes encontra-se aumento de
proteínas e pleocitose com predomínio de
linfócitos, que são achados não específicos,
somente os anticorpos direcionados contra
mas que sugerem etiologia viral, como o CDV
epítopos específicos do vírus, envolvidos com
(SARMENTO, 2000). Na radiografia torácica,
a infecção ocular. As técnicas de RT-PCR e
inicialmente vemos pneumonia intersticial, e
imunofluorescência detectam partículas virais
presentes em tecidos epiteliais coletadas da
alveolar e consolidação lobar em caso de
conjuntiva ou outras membranas mucosas, ou
em esfregaços sanguíneos e de células
provenientes da papa de leucócitos, pois o
vírus da cinomose infecta linfócitos e
Inclusões de Lentz ou de Sinigaglia-Lentz,
coletadas com raspagem suave da membrana
mucosa usando a extremidade romba de cabo
celulares resultantes da ação vírica. São
de bisturi esterilizado ou outro instrumento
coradas por corantes de base Romanowsky e
não apresentam a mesma freqüência nos
uma lâmina, evitando esfregar ou riscar o
diversos tecidos, como bexiga, brônquios,
material, o que poderia causar a ruptura das
hipocampo, fígado, cerebelo, córtex cerebral e
A interpretação do teste de anticorpos
fluorescentes baseia-se na detecção do
antígeno do vírus da cinomose, apenas no
A inclusão viral é o efeito citopático
interior das células epiteliais intactas. O êxito
do teste de anticorpos fluorescentes, traduzido
pela detecção de células positivas para o vírus
ZINKL; JAIN, 2000). A presença do vírus
da cinomose, é positivo durante os primeiros
pode ser confirmada pela identificação de
dias da fase aguda da doença, mas deve ser
corpúsculos de inclusão em células associadas
interpretado juntamente com os sinais clínicos
à exsudato, em células epiteliais e em
sugestivos. O teste é negativo nos casos de
neutrófilos, porém sua ausência não exclui a
infecção pelo CDV (JONES et al., 2000). Da
mesma forma não podemos dar o diagnóstico
1997; SILVA e ZANINI, 2005) porque nesta
como positivo, baseado somente na presença
fase da doença o vírus não está mais presente
de inclusões citoplasmáticas típicas. Devemos
associar ao achado das inclusões de Lentz, os
sinais clínicos sugestivos da afecção, pois,
estas inclusões têm sido encontradas em
diagnóstico ante-mortem da cinomose são de
bexiga de cães normais (SILVA e ZANINI,
valor limitado e, na maioria dos casos, o
diagnóstico definitivo só é possível post-
ELISA (enzyme linked immunosorbent assay),
métodos apresentam desvantagens que podem
imunofluorescência (exame de anticorpos
inviabilizar o uso na rotina laboratorial tais
fluorescentes), soroneutralização e RT-PCR
como baixa sensibilidade e/ou especificidade,
etapas laboriosas de processamento do material
transcrição reversa), mas estes são pouco
Medicina Veterinária, Recife, v.6, n.4, p.32-40, 2012 Dias et al., Cinomose Canina: Revisão de Literatura. .,38 biológico e tempo necessário para a conclusão
apóiem esta afirmativa (SILVA e ZANINI,
2005). As vacinas de vírus vivo modificado
induzem imunidade efetiva contra cinomose,
deve ser feito entre a hepatite infecciosa
no entanto, há de se considerar a interferência
canina, leptospirose, raiva, pasteurolose e
da imunidade derivada da mãe, a idade na qual
pseudo-raiva. A pasteurolose e a salmonelose
os filhotes tornam-se susceptíveis a cinomose é
proporcional ao título de anticorpos maternos,
cerca de 50% já são passíveis de vacinação às
respiratória da cinomose a traqueobronquite
1992). Devem ser revacinados a cada três
1988) e da neurológica a erliquiose canina
idade, este é um dos esquemas mais utilizados,
é pratico e resulta na imunização de 95% ou de
avançados com graves lesões entéricas e
Não existe agente antiviral específico
pneumônicas, que podem causar a morte, e
para o tratamento da cinomose, no entanto no
também para os casos onde já se instalaram os
experimento de Elia et al. (2007) a ribavirina
mostrou-se altamente efetiva na prevenção da
replicação do vírus da cinomose “in vitro” em
seqüelas que podem ser inabilitantes (SILVA e
baixas concentrações, aproximadamente 6,5-
encontrados para a inibição do vírus do
Tratamento
suporte e sintomático (SHERDING, 2003),
ribavirina demonstrou atividade efetiva contra
visando melhorar a resistência do animal,
fortalecer o organismo e evitar/tratar as
neurológica, com melhora sensível do quadro
infecções secundárias, mas a sua recuperação e
clínico, a dose utilizada foi de 30 mg/Kg por
sobrevivência depende mesmo do animal ter
via oral, a cada 24 horas, durante 15 dias.
uma resposta imunológica suficientemente boa
acupuntura a qual visa, através de suas técnicas
indicados para o controle das infecções
e procedimentos, estimular os pontos reflexos
bacterianas secundárias (SHERDING, 2003) e,
que tenham propriedade de restabelecer o
líquidos, eletrólitos, vitaminas do complexo B
equilíbrio, alcançando-se assim, resultados
e complementos nutricionais estão indicados
terapêuticos. A acupuntura age sobre o sistema
nervoso autônomo e sistema endócrino e seu
SILVA e ZANINI, 2005). No caso de vômitos
efeito pode ser imunoestimulante, analgésico e
e diarréia, administrar antieméticos, fazer
restrição do consumo de alimentos e terapia
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THE 2004 PROHIBITED INTERNATIONAL STANDARD (update 25 November 2003) This List shall come into effect on January 1st 2004. THE 2004 PROHIBITED LIST WORLD ANTI-DOPING CODE Valid 1st January 2004 (Updated 25 November 2003) SUBSTANCES AND METHODS PROHIBITED IN-COMPETITION PROHIBITED SUBSTANCES S1. STIMULANTS The following stimulants are prohi